quarta-feira, 27 de abril de 2011

No meu disco voador

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Sinto falta de encontros de verdade.
É que às vezes bate uma preguiça louca de ter que trajar essa minha pele tão desconfortável e desajustada, máscara do assustador e delicioso desnudamento mútuo que raramente acontece, por dentro, nos encontros de verdade.

Deixar ver o íntimo pode ser como dividir o lanche no recreio, ou ainda o curioso 'mostra o seu que eu mostro meu', porque, nesse caso, a esperança pela reciprocidade gera a concessão.
Também não se deve se vestir assim de alma para qualquer um. É coisa íntima demais, e além de afinidade, tem que ter cosmicidade.
O contato entre duas almas nuas é o melhor recurso que a memória tem para manter as pessoas conectadas.
Mas, geralmente, depois de um encontro assim, cada um segue a seu modo, a seu tempo, no seu caminho - vez ou outra se cruzam, por acaso (ou não) como todos os outros encontros dessa vida.



(música mais linda mundo, hino eterno dos desajustados)