terça-feira, 3 de maio de 2011

Um verso e meio

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Parece que me perdi daquela vida que era tão minha,
e quase, um quase quase certo, desaprendi a ser sozinha.

Mas há ainda o tempo, maestro da vida e senhor da morte,
Que reedifica os escombros de um coração que já foi forte
Mas quem se importa? Nem o tempo deus de Caetano é perfeito:
Que agora e sempre tudo transcorra no meu tempo, do meu jeito.


Observação: Não preciso explicar que não consegui terminar, né? Por enquanto fica desse jeito mesmo...



Outra observação: Aos desavisados, cabe colocar um poeminha aqui:

Autopsicografia - Fernando Pessoa

"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração."