segunda-feira, 5 de julho de 2010

Não, eu não morri.

Well, well, here we go again!

Não quero gastar muito tempo nem espaço justificando o sumiço, então o que algum possível leitor tem que saber é que arrombaram minha casa, levaram meu notebook e consequentemente virei um (quase) defunto virtual. Sem mais detalhes.
Mas não, eu não morri. (#dramaqueenfeelings)
Foi uma loucura mexer com mudança no fim do período, quase me esgotei tanto física quanto psicologicamente, mas parece que deu tudo certo.
Recentemente recebi a boa notícia de que fui aprovada no concurso do IBGE, para recenseador, logo não terei férias (treinamento e outras coisinhas). Eu supero. Afinal, é por uma boa causa.

Andei escrevendo algumas coisinhas nesse tempo, nos meus bilhões de caderninhos que vivem se escondendo de mim. Por acaso um deles veio comigo pra lan house hoje (oh yeah, decadência mandou um beijo de novo), então lá vai:



A quem me receber

Não conheço o gostar morno, muito menos o amor leve, suave, sem exageros.
O amor que ofereço não é daquele que se recebe com uma flor, com as mãos, ou com a boca, apenas.
É de ser recebido com braços e alma abertos, de corpo inteiro. 
Intenso e pesado, é amor que dói os dedos, os dentes, o peito. E morde, arranha, açoita.
Contudo, a dor é mais minha, que me doo, do que de quem por ventura me receber.
Porque doar-se é muitas vezes doer.
Talvez por isso me esforce tanto para abrandar o penar alheio, que também me dói.
Por isso a sensibilidade e a ternura com as quais recebo todas as coisas: os sorrisos, os abraços, o soco.
E mesclo tudo na imensidão do meu ser. 
De uma frieza cálida, de uma alegria pálida,
sou eu sem me conhecer.

(19/06/10)

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